Ao discutirmos a emblemática da educação em nosso país, evidenciamos diversos pontos que contribuíram para carreá-lo do sistema educacional brasileiro a lamentável situação que atualmente se encontra. Visando luzir de forma consistente possíveis causas, consequências e soluções no que tange ao processo ensino-aprendizagem em nosso Colégio, trabalhamos de forma a construir um professor consciente do seu papel na educação de hoje e um aluno crítico, participativo, eficiente e comprometido com o processo de ensino-aprendizagem, sendo um aluno autônomo no aprender.
Com base na experiência que temos, e no histórico das instituições de ensino, nota-se que havia um processo educacional que tendia a robotização do ensino. Entendemos então, que para buscar esse processo de ensino eficaz, espera-se que o papel do professor seja visto como educador, agente motivador, cooperador na construção/edificação do caráter, da moral do futuro cidadão, agente inspirador. Transfigura-se de um simples lecionador – “passador de lições” para um mediador efetivamente.
Há uma necessidade de um repensar, do buscar novamente suas raízes; a importância e o papel do professor na educação, na formação de cidadãos prontos para enfrentarem os desafios do mundo. Professorar não se resume ao instruir, mas ao educar: Promovendo meios para que o educando/alunado consiga caminhar com suas próprias pernas como cidadão reto e bem instruído.
Mergulhando um pouco no tempo, trazendo ao agora ilustríssimo filósofo ateniense Sócrates, que viveu no século IV AC e ainda muito tem a permear o mundo com suas ideias. Segundo ele: Antes de tudo devemos ensiná-los a pensar para, por fim, poder instruí-los. A Maiêutica socrática, “dar à luz às ideias”, “parto intelectual”, é fundamental para que o processo ensino-aprendizagem seja bem sucedido, posto que não “cega” os alunos, não os “robotiza”; abre suas mentes e os motiva a nunca deixar de buscar a verdade, de lutar por seus sonhos, pela sabedoria.
O mais importante no processo ensino-aprendizagem não está na instrução que o lecionador passa, mas na maiêutica que compete ao educador proporcionar. Dando asas ao educando para que possa voar sozinho na busca incessante pela sabedoria, pelo conhecimento. Tornando-o capaz, habilitado ao aprendizado autônomo. Em face do exposto, pode-se inferir que a emblemática do processo de ensino- aprendizagem em nosso país está com suas raízes fincadas na areia: Dicotomizando a educação abstrata (Jesuítica) de educação concreta (atual) voltada para o trabalho.
É um processo contínuo que acontece por meio da mediação do professor, efetiva-se quando o sujeito se apropria de conhecimentos que possibilitem a compreensão do meio em que vive. O conhecimento é, portanto, fruto de uma relação entre o sujeito, professor mediador e o conteúdo/objeto do conhecimento.
Este projeto é, além de um agrupamento de ideias, reflexões, situações e propostas, o Colégio em suas realidades, intenções e necessidades. É o projeto de uma construção de Colégio que estabelece sua forma de organização e especificamente a organização do trabalho pedagógico que tem por princípios a cidadania, a autonomia e a democracia. O entendimento que se tem é de que o Projeto Pedagógico é o integrador entre currículo, planejamento, atividades, ciência, cultura e trabalho. Portanto, é o projeto pedagógico que integra as atividades e não seu contrário. Todas as propostas integradoras dentro da escola devem partir de uma concepção maior que toma trabalho como princípio educativo, ou seja, relacionar a teoria e a prática, bem como, tomar o trabalho como o princípio, fundamenta a sociedade que vivemos.